quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

CAIXA PRETA # 89



31 de janeiro de 2012

ACIDENTES QUE MARCAM NOSSAS VIDAS

A cada dia, eu mais e mais me convenço de que sabemos um milésimo dos mistérios do mundo, um milésimo das leis do Universo, um milésimo das razões da Vida. E renovo minha crença de que coincidências não existem, tudo tem uma explicação e segue um roteiro, mesmo que a gente não consiga (ainda) explicar. Afinal, mesmo antes de se inventar o avião, já existiam as leis que regem o voo. Antes mesmo de existirem os pássaros ou seus avós, os pterossauros... E antes mesmo de existir o rádio, as ondas eletromagnéticas já povoavam o mesmo universo.
Como já escrevi na Caixa Preta edição 81 (maio de 2012), eu comecei a gostar de aviação, curiosamente, após ver no Jornal Nacional, então apresentado pelo Cid Moreira e Sérgio Chapelin, as informações sobre um gravíssimo acidente aéreo ocorrido nos Estados Unidos em uma sexta-feira de 1979. Isso me cutucou a curiosidade por tudo relacionado aos veículos voadores. Antes disso, aviação não significava absolutamente nada para mim. Meu pai, pelo contrário, mesmo sem ter jamais voado, a cada notícia de acidente aéreo, praguejava que avião era perigoso etc.
Mas eu me lembrava de ter ficado sabendo de um acidente bem anterior, um avião de pequeno porte que havia, após ter decolado de Congonhas (ou em aproximação para o mesmo aeroporto), entrado no apartamento de um prédio próximo, em Moema. Como no imaginário popular que até hoje pergunta como seria se um avião indo para ou saindo de Congonhas caísse sobre o Shopping Ibirapuera, que está bem em sua rota, especialmente na curta final para a pista 17, aviões abalroando prédios também instigavam a curiosidade mórbida de todos. Como as vizinhanças de Congonhas são cada vez mais um paliteiro de prédios, a imagem de uma colisão de um avião com um desses edifícios também arrepiava muita gente e arrepia até hoje, especialmente diante das construções irregulares que volta e meia são descobertas na região. E olha que o 11 de setembro de 2001 ainda estava distante...
Quando comecei a gostar de aviação comecei a colecionar recortes, reportagens, material em geral e, posteriormente, também imagens em vídeo sobre o tema. Graças às “retrospectivas” das emissoras de TV, principalmente quando havia algum novo acidente, tive acesso a imagens anteriores à 1979, como as do acidente da Varig em Orly (1973). Mas faltava, em minha coleção, algo sobre o tal avião que bateu em Moema. Eu nada tinha, nem escrito, nem em vídeo.
Há alguns dias resolvi solicitar ajuda para preencher esse vazio. Escolhi o Facebook e pedi aos amigos que porventura tivessem mais informações. Não tardou para que eu conseguisse cópias das páginas de jornais da época. E tive conhecimento, enfim, dos detalhes.
No dia 24 de março de 1979 o Navajo matriculado PT-IKT colidiu no 14º. andar de um prédio de Moema. As vítimas fatais foram apenas os três ocupantes do avião.
Com a visão de quem hoje passou por tudo o que passei dentro da aviação, ao contrário daqueles tempos de leiga, hoje eu analiso e verifico que: o avião era maior do que eu supunha, eu antes imaginava ter sido um Cherokee, um Cessinha 172 ou algo semelhante; Eu também imaginava ter sido muito (“anos”) antes de eu começar a gostar de aviação. Mas foi EXATAMENTE três meses antes! E praticamente, dois meses antes do Acidente de Chicago, que foi o marco-zero de meu amor pela aviação.
Agora... porque ESSE acidente (em Moema) não foi o “detonador” de minha paixão mas somente o de Chicago? Dois meses antes, eu não estaria ainda “preparada” para receber alguma mensagem a favor dessa mudança em minha vida?
Mistérios, mistérios... Sem contar que é mais um acidente brasileiro com o famigerado “K” na matrícula do avião sinistrado. Mas isso é outra história, bem famosa no nosso meio, aliás...
Como dizia Sheakespeare em “Hamlet”: "Há mais mistérios entre o céu e a terra, do que sonha nossa vã filosofia"...

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OS SPOTTERS BRASILEIROS,
CADA VEZ COM MENOS LOCAIS
PARA PRATICAR SEU SAUDÁVEL HOBBY

Depois de terem acabado com os terraços panorâmicos de Congonhas, de Viracopos, de Guarulhos, do Galeão – os que restaram não são nem sombra do que já foram, quando sobrou alguma coisa, é claro), agora parece chegar ao fim uma verdadeira instituição da tribo aviatória... Veja o texto abaixo do colega Neves.




FOTOs: Maurício Sato 

(TEXTO: Luís Alberto Neves)


“ATENÇÃO SPOTTERS DO BRASIL: Assim que retornei de viagem, recebi um e-mail do nosso amigo Alexandre Polati do grupo São Spotters, comentando sobre o fim do morrinho para prática do nosso hobby. Estou muito feliz pela união de todos a fim de salvar nosso melhor point de fotografia em São Paulo. Hoje me comprometi a tentar buscar alguma informação para criação de um portfólio para poder apresentar aos responsáveis da GRU Airport a fim de amenizar nossa possível perda. Venho a informar que o AEROIN veste a camisa para que juntos todos os sites, comunidades e fóruns de aviação, possam se reunir para poder lutar por um espaço para que possamos continuar a contar a historia deste aeroporto. Sobre a formulação deste portfólio, iremos ter a responsabilidade de criar algo, muito bem objetivo para não deixar tudo ir por água baixo. Não podemos esquecer que olhar apenas para nosso umbigo não vai adiantar, já que não temos apelo o suficiente para exigir nada, temos que trabalhar pensando na família que vai ao aeroporto para se despedir de seus familiares e das pessoas que vão ao aeroporto ver avião. Hoje conversei com o nosso amigo, ele me adiantou que a GRU Airport tem pressa para fazer essas obras, porque buscam o retorno rápido. Com contrato de 20 anos eles precisam melhorar a infra estrutura para poder fazer girar todo o investimento, sendo uma iniciativa privada a única coisa que pode atrapalhar seria apenas nosso governo. Todo o sitio pertencente ao aeroporto exceto a Torre e a BASP é deles, e do projeto por completo pouca coisa foi apresentado para as pessoas de fora, sobre o futuro do morrinho ainda é incerto, ninguém sabe o que vai acontecer ali, uma coisa só é certeza quem olha hoje GRU de cima da torre por exemplo já começa a ver a grande transformação que vai acontecer nos próximos dois anos. Já estou em contato com algumas pessoas da ADM da GRU Airport, em breve retornarei com mais informações a todos.”

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UM VOO PANORÂMICO POR MANAUS,
PELAS ASAS DA RICO 

No dia 3 de dezembro passado embarquei no PT-WRU, um dos Cessna 208 Caravan anfíbios da Rico Táxi Aéreo no Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, na capital amazonense, para um voo de meia hora sobre Manaus e algumas de suas principais atrações. O voo foi realizado entre 500 e 1.000 pés de altitude.

*Encontro das águas (rios Negro e Solimões)*






*Manaus (geral)* 



*Praia de Ponta Negra* 

*Aeródromo e Base Aérea de Ponta Pelada*
  
*Ponte sobre o Rio Negro* 


*Parte do porto de Manaus, no Rio Negro* 

*Cmte. Fabrício*  


*Copiloto Hamilton* 


 *O Caravan anfíbio da Rico Táxi Aéreo)*

*Uma pose clássica da repórter...* 

*... e uma pose menos clássica!* 

Agradeço aos irmãos Átila e Metin Yurtsever pela oportunidade de visitar a Rico e voar com um de seus aviões mais famosos! 

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TANTO FAZ

Um piloto me apresentou recentemente esse livreto da Anac. A terceira ilustração a seguir (onde acrescentamos uma setinha à esquerda) refere-se exatamente à segunda, é um capítulo que trata de pilotos para AVIÃO. Mas quem revisou não atentou para esse fato, coisa irrelevante, né?









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“NOSSAS PRINCIPAIS SEÇÕES”

VALE A PENA LER DE NOVO

De CAIXA PRETA # 9/2000

A V I A Ç Ã O & C I N E M A
 
Filme: Air Force One
Veredito: Contém pelo menos 38 erros diversos, no total (aviação e outros). Dois estão aqui:
Erro tecnológico: próximo do fim do filme, o CV-25, ex-Air Force One se parte ao cair no mar com uma facilidade muito maior do que a real, considerando-se que as asas de um Boeing 747 podem se dobrar até suas pontas moverem-se cerca de 30 pés (aproximadamente dez metros) para cima ou para baixo.
Erro tecnológico: cerca de dez minutos do fim, quando as aeronaves inimigas estão atrás do Air Force One, são chamadas de Mig (29???) quando, na verdade, são Sukhoi SU-27.


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DIRETAMENTE DOS NOSSOS “ARCHIVOS”

Há quase 43 anos (29 de agosto de 1970) voava o primeiro DC-10. Realmente, a  aviação mudou bastante depois disso, mas o modelo continua voando em alguns lugares do mundo (especialmente como cargueiro) e tendo fãs incondicionais, como eu...


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NOSSA NADA MODESTA COLEÇÃO DE PÉROLAS VOADORAS

 

(Erros da imprensa que capturamos por aí. Vamos contar os pecados, mas vamos manter sigilo dos pecadores...)

 

A Pérola da imprensa especializada em 2009 (revista 16)

 

“Em 1920, o Campo de Marte ganhou infraestrutura aeroportuária e só perdeu o título Aeroporto de São Paulo 13 anos depois, com a inauguração de Congonhas.”
Na verdade, Congonhas foi inaugurado em 1936, e não 1933.

 

 

A Pérola da imprensa especializada em outubro de 2012 (revista 1)

 

“O grande passo para (a TRIP) se tornar a maior companhia aérea regional do Brasil aconteceu em 2007, quando foi adquirida a Total Linhas Aéreas.”
Na verdade, a TRIP adquiriu APENAS os ativos referentes às linhas regulares de passageiros da Total. Esta empresa ainda possui as linhas cargueiras e faz fretamentos para passageiros e ainda pertence a outro grupo, o Sulista.

A Pérola da imprensa especializada em novembro de 2012 (revista 1)

 

“O conceito MSG (Maintenance Steering Group) surgiu na década de 1970, quando a Panair recebeu o seu primeiro Boeing 747.”
Como a então já falecida Panair jamais teve Boeing 747 na frota, certamente aqui deve ser a Panam...
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