terça-feira, 26 de maio de 2015

Plantão Caixa Preta

A VELHA IGNORÂNCIA DO JORNALISTA

Jornalista com todo grau de experiência sempre caem em armadilhas. É sabido que jornalista é o profissional que sabe de tudo um pouco, ou deveria saber de tudo um pouco, sem ser especialista em nada, pois mesmo os especializados, e eu me incluo nesse grupo, por mais que saibam de um assunto, estão a cada dia aprendendo mais e mais, por isso, todo cuidado é pouco na hora de emitir uma opinião.
Pois hoje pela manhã, dia 26 de maio de 2015, ouvi na Rádio Jovem Pan, no Jornal da Manhã, um comentário do jornalista experiente Joseval Peixoto a respeito do acidente com os dois apresentadores globais em um bimotor Carajá de táxi aéreo. Segundo o estimado jornalista, que respeito e admiro especialmente pelos seus conhecimentos em direito, latim e história, ele teria aprendido noutra ocasião que avião com dois motores pode voar bem com um deles caso o outro tenha pane e seja desligado. Daí o nobre colega diz que a Embraer – fabricante do Carajá – "deve explicações" pelo bimotor não ter se mantido no ar com apenas um motor, bem como devem explicações a Aeronáutica. Sim, a Aeronáutica deve, após a investigação, mas, por que a Embraer??? Aviões, caríssimo Joseval Peixoto, são construídos para voar de determinada maneira sob determinadas condições operacionais. Provavelmente as condições do Carajá não eram as ideais por peso a bordo, por exemplo, nesse caso, o único motor em funcionamento não o sustentará no ar. Mesmo jornalista, embora especializada, eu aprendi essa Lei básica e não vou questionar uma fabricante de tradição como a Embraer por um motivo operacional que, com certeza, foge à sua competência.

2 comentários:

  1. Bom dia! A aeronave com dois motores ou motor 1# e motor #2, tem também a função, no caso da perda de um deles, amenizar e dar condições do piloto reverter a queda, em controle de estabilização de risco onde a experiência nestas horas contam pontos ou melhor vidas. Ou seja, realmente neste caso, o fabricante não tem mesmo nada que dar explicações a quem quer que seja, por exemplo, se um carro estourar um pneu porque passou por cima de um prego o fabricante do pneu deve explicações? Salvo blindados.

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  2. É isso aí, Armando, coisa de jornalista que fala sobre o que não entende, por mais que seja um jornalista de respeito como o Joseval. Abraços

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