quarta-feira, 29 de junho de 2016

Plantão Caixa Preta




ACOMPANHAMOS COM EXCLUSIVIDADE O VOO VIRACOPOS-LAGES DA AZUL


(Por Solange Galante, texto e todas as fotos)


Como única jornalista presente no voo inaugural VCP-LAJ-VCP, presenciei a força da aviação regional, que ainda resiste às dificuldades.


Dia 28 de junho de 2016. O PR-AQV, ATR-72-600 da Azul Linhas Aéreas Brasileiras, aproxima-se da cidade de Lages, em Santa Catarina, comandado por Helder Martins. A seu lado, outro piloto catarinense (de Curitibanos), Luan De Domenico Ferdinan, o assessora. O comandante – escolhido a dedo pela companhia para esse momento – anuncia aos passageiros que fará um sobrevoo de sua cidade natal, antes da aterrissagem, e que os ocupantes das poltronas à esquerda da aeronave serão os primeiros a desfrutar da belíssima vista da cidade de cerca de 158 mil habitantes. Em seguida, curvaria o turbo-hélice para que também os passageiros à direita pudessem apreciar Lages do alto. Enquanto isso, ninguém fica alheio à paisagem e todos comentam animadamente entre si os marcos e pontos turísticos lageanos vistos lá de cima. O entusiasmo é de verdadeiras crianças e a satisfação é geral entre os nativos e os não-nativos da cidade encravada na serra catarinense.


A serra catarinense


Ao toque do trem de pouso na pista 35, aplausos. Lá fora, podia-se avistar, junto à cerca de proteção do aeroporto, à esquerda, e também à direita, muitas pessoas junto a automóveis e bicicletas. Dentro da aeronave, percebendo a plateia, os passageiros sentiram-se orgulhosos e na expectativa de, logo mais, aparecerem na imprensa, jornais, TVs. Lages havia ficado desde 2013 sem voos regulares – última tentativa de trazer a  aviação para a cidade.



Todos ansiosos pela chegada do primeiro voo.


Junto ao prédio do terminal do simpático aeroporto, jornalistas acotovelavam-se em área reservada para a produção de imagens. Atrás de paredes de vidro, eram passageiros que embarcariam logo mais naquela mesma aeronave, rumo a Viracopos, e visitantes com suas famílias, curiosos e cheios de si. A impressão era de que pelo menos metade da cidade havia ido ao aeroporto para ver aquele avião e testemunhar o retorno da aviação ao aeroporto local.


Um dia especial para a cidade serrana.


Nem sempre as companhias aéreas consideram rentável operar em cidade de pequena e média demanda. Voar com prejuízo, é claro, não vale a pena. Todas as cidades, entretanto, por um motivo ou outro, querem aviação, e muitas delas precisam de aviação comercial, especialmente aquelas a cerca de 180 km de uma capital, como é o caso de Lages, na divisa com o Rio Grande do Sul em relação a Florianópolis. Eis a razão de tanta festa.  São seres humanos, não números e cifrões.



A memória do aeroporto Antônio Correia Pinto de Macedo.


Nem mesmo o atraso de cerca de meia hora para decolagem em Viracopos desanimou a companhia e seus clientes. Tentando fugir dos famosos e constantes nevoeiros de inverno da região sul brasileira, a Azul marcou para às 13h25 a partida diária de seu voo para Lages, saindo de Viracopos. Mesmo assim, e bem no voo inaugural, não escapou da fatalidade. Mas a festa não foi prejudicada.


O primeiro desembarque.


Com o voo 6958, que retornou como 6959 partindo por volta de 16h35 – o horário normal de partida será 16h10 –, a Azul ressaltava que não só não abandonava os voos regionais, tão essenciais para um país como o Brasil, como estava ampliando as opções, por exemplo, no estado catarinense. Embora tendo encerrado operação em outras cidades pequenas, especialmente as do norte, devido principalmente à falta de infraestrutura aeroportuária em vários destinos, segue ocupando o espaço abandonado por outras empresas aéreas. Nos últimos três anos, a prefeitura investiu mais de R$ 1 milhão para adequar cerca de 100 itens no aeroporto, obedecendo às exigências da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) culminando na certificação operacional e a homologação dos voos, bem como a constatação de que a estrutura já tem capacidade de receber até três voos diários.


Foto oficial, com as bandeiras de Santa Catarina, do Brasil e de Lages.


Com este voo, bem como outros regionais, a Azul mostra que aposta na aviação regional brasileira, mesmo sem que o Plano de Desenvolvimento anunciado há alguns anos pela presidente Dilma Rousseff saia finalmente no papel. Lages não tinha voos regulares desde 1º. de julho de 2013 quando a Brava, sucessora da NHT suspendeu as operações. Os voos, iniciados em Curitiba (PR) em 10 de junho do mesmo ano partiam de Curitiba e sofriam atrasos ou cancelamentos devido às condições climáticas. Portanto, após outras tentativas infrutíferas e promessas anteriores, mais esta durou pouco.
Lages é a sexta cidade servida pela Azul em Santa Catarina e a 54ª base da companhia atendida por voos diretos a partir de São Paulo (Campinas). As demais cidades do estado atendidas pela Azul – que possui a maior malha doméstica do país – são Florianópolis, Criciúma, Chapecó, Joinville e Navegantes. A companhia tem aproximadamente 30 voos diários entre todos os seus locais de operação em Santa Catarina, o que a coloca em uma posição de liderança no estado.


A instantes da primeira decolagem para Viracopos.



Lages é o maior município em extensão territorial do estado e está localizado na Serra Catarinense. A cidade é conhecida nacionalmente como a Capital do Turismo Rural e a Terra da Festa do Pinhão, que chega a receber até 500 mil visitantes anualmente. Os voos serão de domingo à sexta-feira, com duração aproximada de uma hora e meia. As partidas de Viracopos são às 13h25 e, de Lages, às 16h10. Em Campinas há 50 opções de conexão para todas as regiões do Brasil e também para os Estados Unidos (Fort Lauderdale e Miami).



O embarque em Viracopos (Campinas)


Nas fotos seguintes, o sobrevoo de Lages.

































Padrão Azul para Lages.



O terminal do Aeroporto de Lages.




Balcão de check in da Azul em Lages.




Os pinheiros catarinenses.




Mimo para os passageiros.




O lageano Cmte. Helder Martins e o primeiro oficial  Luan, de Curitibanos.




Missão cumprida, Azul. Só por hoje, amanhã tem mais!

sexta-feira, 17 de junho de 2016

CAIXA PRETA # 127

CP 127 - junho de 2016



AS PESSOAS DA AVIAÇÃO

Absolutamente nada nos atrai mais na aviação do que a máquina, a tecnologia, as leis da aerodinâmica.
Mas quem faz a aviação são as pessoas. Elas são o principal diferencial entre as companhias aéreas, as indústrias aeronáuticas, a satisfação de voar.
Recentemente participei de um grande encontro de ex-funcionários da Vasp, ocorrido em São Paulo, no início de junho. Com número recorde de participantes, 230 pessoas.
A Vasp foi uma das últimas das grandes empresas aéreas brasileiras a se despedir do mercado, pouco antes da Varig, pouco depois da Transbrasil. Décadas antes havia sido a Panair. Cujos funcionários remanescentes até hoje ainda se reúnem para não deixar a chama se apagar. E justamente sob esse lema, “A chama que não se apaga”, os ex-funcionários da empresa septuagenária abraçaram-se, presentearam-se, riram e choraram juntos seu passado glorioso. Relembraram dos colegas, quando ainda na ativa, por meio de fotos apresentadas em um telão. Relembraram as aventuras do dia-a-dia de uma empresa aérea internacional e mostraram que a Vasp tem tudo para não morrer, devido às pessoas por trás dela,pelo menos na memória de todos e na história da aviação comercial brasileira. As fotos de minha participação estão mais adiante, nesta Caixa Preta Mensal.

* * * * *

*A TAM ACABOU. A EMPRESA AÉREA E A MARCA. O QUE ISSO SIGNIFICA?*


(Este editorial foi publicado neste Blog no ano passado, e republico agora que o nome LATAM começou oficialmente a valer.)
Sob um ponto de pista, menos do que o fim da Real, da Aerovias Brasil e da Panair do Brasil. Menos do que significou o fim da Transbrasil, da Cruzeiro do Sul, da Vasp e da Varig. Pois a TAM foi um divisor de águas. A aviação comercial brasileira pode ser dividida em AT e DT: antes e depois da TAM. Rolim Adolfo Amaro, fundador da companhia aérea (embora não do Táxi Aéreo Marília) era piloto, gostava de voar e entendia de aviação. Mas era, sobretudo, um empresário. Um empresário e uma raposa na aviação. Qual era o primeiro mandamento da TAM? “Nada substitui o lucro”. Os outros empresários da aviação não pensavam assim. Talvez, por isso, sucumbiram antes. Mas Rolim era um empresário como todos os empresários gostariam de ser e poucos conseguem: era inovador, ousado, e cria da casa, tudo isso junto.
Mas, por outro lado, o fim da TAM pode significar mais do que o fim de todas as companhias acima citadas. Basta ver o histórico da Lan, a companhia aérea e seu respectivo país natal – Chile – que compraram a TAM. Histórico de segurança de voo, principalmente. A TAM conseguiu a proeza de destruir a reputação de um avião que era sucesso em todo o mundo e, quem sabe, não teve seu “zero vírgula alguma coisa de participação” na falência da Fokker? Ainda hoje, especialmente no Brasil, em alguns casos, o nome composto “Fokker 100” é tabu. Por quê? Por causa de mais de 100 mortes. E a má fama da TAM começou ainda sob a gestão de um Rolim vivo e celebrado: a imagem de companhia regional “Number One” caiu em forma de um outdoor voador sobre a zona sul de São Paulo em 31 de outubro de 1996. Mas não parou por aí. Incidentes suspeitíssimos e o voo 3054 de 2007. Sobre todas essas ocorrências ainda hoje pairam dúvidas e detalhes mal contados. Por isso que o fim da TAM pode significar mais que o fim de outras aéreas brasileiras: pode significar o fim de um capítulo de dor e fogo. Para a alegria de seus “marketeiros” de plantão.
Porém, não se enganem: se até o acidente de Orly, com a Varig, o acidente de Fortaleza, com a Vasp e o acidente de Florianópolis com a Transbrasil são chagas mal cicatrizadas que podem reabrir e trazer à luz verdades até então ocultas, isso também podem acontecer com a TAM. Basta, de repente, se tocar na ferida.

* * * * *


Veja nesta edição também “Comida de Avião” Especial, sobre as novidades da AZUL Linhas Aéreas!

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MISSÃO EUROPA 2015 – ALGUNS MOMENTOS


No dia 12 de outubro de 2015 eu e o foto-jornalista e cinegrafista profissional Carlos Eduardo França viajamos para a Holanda e Alemanha para cumprir pautas para algumas revistas e também conhecer melhor esses países. Destaco hoje fotos de um voo realizado no Embraer 190 da KLM Cityhopper, entre Amsterdã e Frankfurt, em 19 de outubro, para encher de orgulho os admiradores da indústria aeronáutica brasileira, aqui representada pela Embraer.

(Obs: todas as fotos abaixo de autoria de Solange Galante)


Prestes a embarcar rumo a Frankfurt.


A aeronave: PH-EZY


 Embarque com escada: como prefiro!
 Tem finger sim: até o chão!



 E chega outro irmão da Embraer!



  Os aviões da KLM dão cor a um aeroporto cinzento.



  Concluindo o embarque.



 Rompendo as nuvens em busca do sol.



 Enfim, o sol!!!




 O tradicional conforto do Embraer 190.


 Em um voo de pouco mais de uma hora, até que o serviço de bordo está bom!


 Apreciando cerveja nacional em voo!!!


Já em céu alemão!!!


Freando em Frankfurt Am Main.


Deixando a pista rumo ao terminal.


A cabine do PH-EZY após o voo.


E, finalmente, o lugar do qual os entusiastas mais gostam...






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*** GRU AIRPORT DARÁ CALOTE NO GOVERNO FEDERAL ***
Veja reportagens do Jornal da Band de 10 e 15 de junho, nos links a seguir:





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A CHAMA QUE NÃO SE APAGA

Alguma fotos do encontro dos ex-funcionários da Viação Aérea São Paulo (VASP) em um restaurante de São Paulo. É muito bom manter essa chama acesa!!!!








Agradecimentos ao Alexandre Neves, um dos organizadores!



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“NOSSAS PRINCIPAIS SEÇÕES”


“COMIDA DE AVIÃO”
*** E S P E C I A L ***




 Recepção na LSG Sky Chefs de GRU.

Recepção inclusive com pãezinhos de queijo.

Salada de arroz vermelho integral para o serviço da  Business.

Salada Mediterrânea para classes Economy Xtra e Econômica.

 O famoso Buzina Burger com batatas rústicas na classe executiva.

 A Azul promete que, a bordo, o tamanho é maior que na degustação.

Parece um escondidinho, mas não é!...

Mac 'n Cheese: massa assado com molho cheddar e parmesão,
para as classes Economy Xtra e Econômica.

 Vamos às sobremesas: Pot au chocolate (uma moussse densa com paçoca) (Classe Business)

 Parece bolo de chocolate, mas as classes Economy Xtra e Econômica saborearão
um bolo de tâmaras com calda de caramelo e bourbon!!!

 E, é claro, um mimo extra...

... Brigadeiro, que agrada sempre a todos!

 Ricardo Fittipaldi, Chef Executivo de Desenvolvimento Brasil da LSG Sky Chefs.


E, bem-vindo a bordo!!!!




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DIRETAMENTE DOS NOSSOS “ARCHIVOS”


Reportagem especial da Revista Veja publicada em 1974 quando grandes wide-bodies de companhias nacionais e internacionais começaram a operar no Brasil mudando a cara da nossa aviação comercial.
Destacamos alguns trechos interessantes da reportagem de mais de 40 anos atrás!













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DEU NO F@CEBOOK

1)



(Acrescentamos o seguinte comentário publicado também no Facebook (publicamos como anônimo)


“O Decreto nº 8.541, de 13 de outubro de 2015 (assinado pela própria presidente afastada), altera, em seu art. 3º, o art. 27 do Decreto nº 71.733, de 18 de janeiro de 1973 que especifica que "A passagem via aérea, para o militar, o servidor público e seus dependentes será adquirida pelo órgão competente, observadas as seguintes categorias:" com a seguinte redação do inciso I - "primeira classe - o Presidente da República e o Vice-Presidente da República."
Logo, está até mesmo previsto na legislação que o presidente e vice-presidente da República podem, sim, viajar em voo comercial.
Me espanta - ou melhor, não me espanta - que a presidente afastada escreva tal bobagem. Ela não tem motivo algum para viajar pelo país em caráter oficial, pois está afastada do cargo.”


2)





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DEU N@ INTERNET:


 

Mulher é impedida de embarcar em avião por conta de shorts "muito curto"



(foto: reprodução)

2 de junho de 2016

A passageira Maggie McMuffin, artista burlesca, foi obrigada a trocar de roupa no aeroporto de Boston após a tripulação da companhia aérea JetBlue considerar o short dela muito curto.  
Segundo ela, um agente da empresa a impediu de passar pelos portões de embarque, argumentando que a roupa poderia constranger outras famílias presentes naquele voo em questão.
A americana estava saindo de Boston para Seattle, nos EUA. “Eles precisam parar de ser sexistas e julgarem as pessoas pelo que vestem. Disseram que foi a palavra final do piloto então essas não são regras oficiais”, afirmou Maggie.
“Me senti muito desrespeitada. Parecia que a decisão era totalmente subjetiva, uma tentativa de body shaming, porque não tive nenhum problema com a mesma roupa no aeroportor de Nova York”.
Para poder embarcar, a artista precisou gastar US$ 22 dólares comprando uma manta para se cobrir. O porta-voz da empresa explicou que a decisão sobre a roupa da passageira foi um consenso entre os comissários de bordo, que realmente acharam o short de Maggie um pouco “polêmico” demais.


(Foto: reprodução)

“Nós apoiamos as decisões da nossa equipe, que nem sempre são fáceis, e resolvemos reembolsar a nossa passageira devido ao gasto com as roupas novas para o embarque. Também oferecemos créditos para um voo futuro, como um gesto de agradecimento pelo ocorrido”, disse a JetBlue em comunicado oficial à imprensa.
Maggie confirmou que a empresa entrou em contato e pediu desculpas formais pela confusão no aeroporto de Boston.


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CAIXA PRETA DE CAMÕES


1)


“Na Força Aérea Brasileira as mulheres também tem vez.”

(Fonte: Revista “1”, março de 2016)

Verbo ter, com sujeito no plural exige acento circunflexo. Deve ser escrito assim, portanto: têm.


2)


“Porém, atualmente, o fabricante norte-americano afirma que a econômica poderá ser até 8% maior.”

(Fonte: Revista “2”, março de 2016)

Certamente o autor quis escrever na verdade “economia”. Corretor ortográfico traidor???



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NOSSA EXCLUSIVA E MUITO FOFA
COLEÇÃO DE PÉROLAS VOADORAS!!!


(Erros da imprensa que capturamos por aí. Vamos contar somente os pecados, e não os pecadores, e já ouço em uníssono um UFA!!!!



A Pérola da imprensa especializada em julho de 2015 (eles ocultam, mas nós sabemos a data!)(revista “2”)

“Do outro lado do Atlântico, os irmãos Wrigth instalaram (...)


Até pesquisei na internet pra ver se existe o nome Wrigth mas não achei, muito menos em relação aos famosíssimo e em todo lugar descritos (com correção) irmãos Wright!!!




A Pérola da imprensa especializada em novembro de 2015 (eles ocultam, mas nós sabemos a data!)(revista “2”)

(...) empresa que controla a concessão do aeroporto, iniciou as negociações para a venda de 10% do capital para a sócia ASCA (Airport Company South Africa). Invepar e ACSA firmaram consórcio (...).”


O nome correto é ACSA, como inclusive, está corretamente escrito a seguir. Basta ver o nome completo e por extenso, logo depois!




A Pérola da imprensa especializada em abril de 2016 (revista “1”)

“Depois de 10 dias em solo sofrendo reparos, o Boeing 747 da banda de heavy metal Iron Maiden voltou a voar (...). A colisão com o veículo de pushback danificou dois dos quatro motores, ferindo dois operadores.” Depois de trocados, o jato seguiu viagem (...)


A maioria pode não concordar comigo, mas, em comunicação, quanto mais claro, mais nítido, melhor. “Depois de trocados” quem? Os operadores? Pois a proximidade das palavras e da frase seguinte, como repeti, podem deixar o parágrafo esquisito. E, pela diagramação, havia espaço para escrever em algum lugar “motores” de novo, para esclarecer.




A Pérola da imprensa especializada em abril de 2016 (revista “4”)


“O grupo alemão opera as companhias Eurowings, Lufthansa, Swiss, Austrian Airlines e Lufthansa Cargo.”

Faltou a Germanwings. Conforme página oficial do Grupo Lufthansa, que é a quem se refere o texto: (em https://www.lufthansagroup.com/en/company.html) “Passenger transport is the largest business segment in the Lufthansa Group. The Passenger Airline Group comprises the airlines Lufthansa Passenger Airlines (including Germanwings and Eurowings), SWISS and Austrian Airlines.”



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VALE A PENA LER DE NOVO


CAIXA PRETA # 52 / dezembro de 2006, janeiro e fevereiro de 2007


2006: UM ANO PARA SER ESQUECIDO PELOS PASSAGEIROS

No dia em que foi batido o martelo do leilão da Viação Aérea Rio-Grandense, parecia que ouvíamos aquela frase que é o lema das Organizações Tabajara: “Seus problemas acabaram”. Foi quando surgiu uma luz no fim do túnel de que o estresse causado aos passageiros pela situação caótica da então maior companhia aérea brasileira estava no fim. Cancelamento de vôos, falta de aviões, falta de hotéis e restaurantes para passageiros cansados de esperar em aeroportos, tudo isso estava prestes a virar um passado a ser esquecido.
A Varig dividiu-se em duas, cada uma recomeçando quase do zero, e os passageiros foram migrando para outras companhias com malha mais extensa de vôos, inclusive com rotas internacionais.
Mas eis que quando tudo na aviação comercial brasileira parecia vagarosamente encaixando-se na normalidade novamente, um trágico acidente expôs uma das companhias de maior sucesso atual, deixando atônitos todos que não conseguiam entender como havia acontecido o sinistro. E, em meio às investigações, às polêmicas de retenção de passaportes de dois pilotos norte-americanos e à procura dos corpos, um copo d’água transbordou. O acidente parecia ter sido a gota que faltava para evidenciar os antigos problemas do tráfego aéreo brasileiro. E, de repente, o calvário dos passageiros ampliou-se. Agora não sofriam mais os passageiros “Varig” mas todos os passageiros, numa confusão sem tamanho. De repente, vôos sem horários, aeroportos sem horários, controle sem controladores: instalou-se o caos.
Aparentemente alheias ao forrobodó, as principais companhias aéreas brasileiras lavavam as mãos, punham toda a culpa no governo e deixavam de assistir aos passageiros, seja com hotel, alimentação e transporte – direito obrigatório dos passageiros após quatro horas de atraso – quanto com informações claras quanto ao remanejamento dos vôos. Enquanto isso, as mesmas companhias chegaram a receber um avião novo por semana. Mas isso não foi o suficiente para que a TAM, o maior exemplo, conseguisse transportar com a tão perseguida pontualidade e regularidade seus clientes, que passaram a se amontoar nos aeroportos.
Os passageiros foram se vendo órfãos. Com a decadência da outrora poderosa Varig, foi sob as asas da TAM e da Gol, principalmente, que abrigaram-se passageiros em busca de lazer ou a caminho de importantes reuniões de trabalho. Vangloriando-se de seu crescimento, expondo a todo momento seus recordes de participação na indústria do transporte aéreo brasileiro e abrindo novas rotas, de repente a TAM mostrou-se incapaz de atender a alta demanda, sonho de qualquer companhia aérea mas também uma realidade delicada. Ao contrário da Varig pelo menos no início do agravamento de sua crise no primeiro semestre de 2006, a TAM não tinha como mandar os passageiros para hotéis simplesmente porque não conseguia ter previsão de quando sairia o vôo já atrasado, se saísse. Nesse samba do crioulo doido sobrou até para São Pedro – as famosas chuvas de verão de São Paulo nunca haviam prejudicado tanto os vôos nos aeroporto de Congonhas como neste dezembro de 2006. E nunca a manutenção não programada de meia dúzia de aviões, em um universo de quase uma centena compondo a frota da TAM no mesmo mês, foi tão prejudicial à malha.
Essa crise aérea não prejudica apenas cada passageiro em seu compromisso retardado ou não cumprido. Não prejudica apenas o garotinho cujo fígado para transplante não chegou. Não prejudica apenas quem dorme com total desconforto no chão frio de um aeroporto ou sobre malas. Prejudica também a imagem do País, à medida que passageiros estrangeiros, que chegaram para passar o Natal e o Ano Novo no famoso País tropical, ficam ainda mais perdidos diante da confusão, e sentem-se ainda mais desamparados em solo estrangeiro. Os pilotos norte-americanos do Legacy que colidiu com o Gol 1907 devem estar falando pelos quatro cantos dos Estados Unidos que o Brasil é uma bagunça – QUEM irá desmenti-los?
Ironicamente, o Brasil, País com gigantesco potencial turístico e, ao mesmo tempo, precária rede de transportes terrestres e fluviais, sempre soube que tem na aviação uma forte aliada para gerar lucro com o turismo e também integrar todo o seu vasto território. Embora sempre soubesse disso, têm tratado mal, muito mal, a mesma aviação. Voar deixa de ser vantajoso, à medida que passou a ser mais rápido viajar durante um dia inteiro de ônibus do que ficar 24 horas em um aeroporto sem previsão de decolagem de seu avião. Mesmo a aviação executiva teve os vôos limitados supostamente para beneficiar o tráfego aéreo da aviação comercial, e no final nenhuma delas manteve sua característica rapidez. O Brasil, enfim, desestimula um meio de transporte que deveria agilizar as viagens, aproximar famílias e povos, permitir o sucesso dos transplantes de órgão e trazer mais turistas (com dólares e euros) para nossa balança comercial.



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 “CAPAS”


Algumas capas de revista de aviação que se destacam por si só ou trazem homenagens históricas. Colabore você também enviando aquelas de que mais gosta!






Esta capa dupla publicada em 1987 pela Aviação em Revista traz a pintura original dos Tucanos da Esquadrilha da Fumaça numa época em que o avião militar brasileiro apenas começava a conquistar o mundo.





Primavera de 1997. O fascínio das aeronaves comerciais a hélice (motores a pistão e turbo-hélices) é o foco desta revista britânica, sempre repleta também de foto maravilhosas.






As edições históricas da revista Flap Internacional já estão no número XVIII. Lançada sempre em dezembro como verdadeiro presente a seus leitores, e não vendida em banca, ela começou a ser publicada em 1998. Algumas edições da coleção já estão, inclusive, esgotadas.


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CAIXA COR DE ROSA

No dia 20 de maio passado o comentarista e filósofo Luís Felipe Pondé contou de uma cena que flagrou em uma viagem de avião recente feita por ele:

“Eu lembro uma vez em que eu estava num avião e o capitão, que era uma capitão ou capitã, ela fala, e atrás de mim havia um casal e a mulher vira para o marido e diz: ‘O piloto do avião é uma mulher??? E agora, o que vai acontecer???’ Aliás, era em Minas que o avião estava pousado. Então eu tenho a impressão que sim, tem muitas mulheres que desconfiam da capacidade de outras mulheres.”

Por minha vez eu lembro que, quando escrevi soube mulheres pilotos brasileiras, elas já comentavam comigo que sofriam preconceito de algumas outras mulheres, passageiras ou chefes. Preconceito é lamentável, seja partindo de mulheres quanto de homens!!!


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 “Sites úteis”

http://www.airliners.net/

O famosíssimo site de publicação de fotos de aviação, onde pode-se encontrar grande parte da frota mundial que já tenha sido clicada em p&b ou em cores, revelada em papel, cromo ou digitalmente, está de cara nova, e trata-se da primeira grande modificação de leiaute, após modificações menores feitas no passado. Vale a pena conferir!


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– “PENSAR PARA VOAR” –

 (PENSAMENTOS E FRASES RELACIONADOS À AVIAÇÃO)


 “Voando, e observando o mundo sob uma perspectiva diferente, você vê muita coisa que não consegue perceber do chão.” (Clémentine Bacri, piloto francesa)


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A PERGUNTA DO MÊS
Quem poderá responder a essa indagação?


“Será que o GRU Airport vai conseguir honrar antes do final da concessão a dívida bilionária que tem com o Governo Federal e já anunciou que não tem como pagar (pelo menos não agora)?”


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Resta ainda sabermos:
= O que aconteceu, afinal, ao Boeing 777 da Malaysia Airlines que cumpria o voo MH370 em 8 de março de 2014?
= Com a incorporação da Secretaria de Aviação Civil ao Ministério dos Transportes no governo Michel Temer, o Programa de Desenvolvimento da Aviação Regional, o PDAR, vai enfim começar na prática?

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N O V I D A D E S  E  R E G I S T R O S


Veja na Edição 201 (junho de 2016) da revista Avião Revue minha matéria sobre a Lufthansa Flight Training, inclusive com fotos de Carlos Eduardo França.





(Foto: Divulgação LFT)


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PRAZER EM CONHECÊ-LOS!!!!!

Convido meus leitores internautas a conhecerem esta personagem da ficção que, em breve, estará emocionando a todos!!!!

“Apenas nove anos antes da história começar a ser narrada:
– É sério que você vai se matricular para a nova turma de Aeronaves multimotoras e Piloto Comercial do Aeroclube?
– Vou sim... por quê?
– Não vi nenhuma outra mulher se matricular.
– É? E daí?
– Por que você não faz o curso pra aeromoça?
– Eu não quero ser aeromoça.
– Por quê? É mais apropriado para uma moça como você.
– Mas eu não quero ser aeromoça. Quero ser piloto. E trabalhar como piloto. Como meu irmão, que já está na VASA.
– Seu irmão é homem... homem pode...
– Hélio... não vejo porque eu não poderia ser piloto também. Meu irmão me apóia, os instrutores aqui do aeroclube me apoiam, e eu fiz um bom curso de piloto privado... que mal há?
– Se fosse normal, haveria mais mulheres pilotos, inclusive nas empresas aéreas.
– Eu sei que nos Estados Unidos já há algumas... Elas são copilotos mas acho que serão comandantes um dia.
– Continua sendo muito esquisito isso...
– Você realmente acha que pilotar é coisa para homem?
– Sim, acho.
“Ela” se levantou, ajeitou a roupa, pegou a bolsa que estava pendurada na cadeira e disse, por fim:
– Eu nunca soube de um pássaro em cuja espécie apenas o macho voasse. E o ser humano, creio, é mais evoluído que os pássaros. Ou, pelo menos, deveria ser. Vou pagar minha matrícula, lá na secretaria. Tchau.
O resultado, nove anos depois, os meus leitores verificarão.”


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